Me lembro que antes tinha muitas dificuldades e a realidade era bem cruel, tinha muita humilhação por parte dos fazendeiros que insistiam em fechar suas propriedades e dificultar a cata do coco babaçu. Não tinhamos a liberdade que temos hoje em poder juntar nosso coco livremente e sem ficar se escondendo dos fazendeiros ou seus vaqueiros. São novos tempos em que vivemos e é muito importante que as futuras geração aprenda e dê valor ao resultado da luta de seus antepassados.
Sou jovem e reconheço que estamos vivendo um tempo que minha mãe não teve da mesma forma, sou filha de quebradeira de coco e tambem sigo esse oficio, quando criança eu sempre ouvi as histórias em que grupos de mulheres eram perseguidas e expulsas de propriedades pelos vaqueiros e até mesmo por fazendeiros. Elas tinham que correr muito e eram consideradas como invasoras somente porque queriam o coco babaçu para seu sustento. Hoje somos asseguradas por Lei e temos o direito de quebrar nosso coco.
A valorização dos produtos oriundo do extrativismo e principalmente do coco babaçu, trouxe um novo panorama a nossa realidade, antes pra comprar um quilo de arroz nós tinhamos que quebrar muito coco, não era valorizado e hoje dá pra fazer a feira de casa e comprar até mais, tenho orgulho de ser quebradeira de coco babaçu e de ter criado meus filhos com muita garra e luta.
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